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20.000 LÉGUAS SUBMARINAS EM VERSOS - PARTE I

O Morávia sofreu abalroamento.

E seu casco foi arrombado.  

 Muitas vidas, causaria desaparecimento.

Se o navio tivesse afundado.

                              

Ao impacto tendo resistido.

Do casco, não fosse à resistência.

Teria sido pelo mar engolido.

Com seus quatrocentos cavalos de potência.

 

O cetáceo ou recife flutuante. 

Deslocava-se rapidamente. 

Oferecendo perigo constante.  


Na travessia para outro continente.

Após algum tempo desaparecido.

Um incidente chamou a atenção.                                                                                                                                                                                             


Fato grave que acabou acontecido.           

Chocou-se contra grande embarcação.

O navio Escócia foi abalroado.                                                                                                                                                                                           


Os marinheiros puseram-se a gritar.    

Não fosse resistente, teria afundado.   

Levando os passageiros para fundo do mar.


Ao porto conseguiu chegar.

Com duas semanas de atraso.

Engenheiros não podiam acreditar.

Em dique seco, estranho caso.

 

Abaixo de sua linha de flutuação.  

Pelos engenheiros foi observado.

Verdadeiro dano, destruição.   

Que deveria ser consertado.


Havia um buraco triangular.  

Feito de maneira simétrica.   

Era até difícil de acreditar.   

Lembrava esta figura geométrica.

 

Voltou do monstro a figura. 

Falou-se dele e muito foi debatido.                                                                                                                                             Nenhuma embarcação estaria

Se fosse por ele atingido.


Armadores,marinheiros.                                                                                                                                                                      Pessoas ligadas ao mar.  

Foram de todos os primeiros. 

Exigindo com o monstro acabar.

 

Vários países preocupados.  

Com os riscos à navegação.  

Fizeram-se bem-preparados.  

Livrar o mar desta abominação.

 

Os Estados Unidos da América.

 Saíram na frente na preparação. 

Não deixar a população histérica.                                                                                                                                 Organizaram poderosa expedição.


Foi aparelhada uma fragata. 

Abraham Lincoln se chamava.  

Sair para a caça, já tinha a data. 

Não importando o que a esperava.


Eu voltava de expedição cientifica.  

Fiquei sabendo sobre o ser sobrenatural.   

 Hesitei, mas tive de dar opinião específica. 

Apostei em um gigantesco narval.

 

Meu artigo no jornal.

Teve grande repercussão.

Achava ser um gigantesco narval.

Causador dessa destruição.

 

Afirmei que das grandes profundezas.

Ainda tínhamos poucas informações.

Encontraríamos seres de enorme beleza.

E também animais de grandes dimensões.

 

Minha opinião foi debatida.

Levada bastante a sério.

A população estava convencida.

Que esta era a chave do mistério.


Eu, Pierre Aronnax, naturalista.  

Fui convidado para esta expedição.  

Ir do narval gigante buscar a pista. 

E participar de sua destruição.

 

Dos mistérios do fundo do mar.

Eu era um grande conhecedor. 

Fui convidado a participar. 

A bordo da fragata a vapor.

 

Em todos os mares iriam caçar.

Este terrível ser assustador.

Dos oceanos iriam livrar.

Acabando com todo terror.

 

Conselho era meu fiel criado. 

Homem forte e decidido. 

Sempre esteve ao meu lado

Mesmo em situação de perigo.

 

Disse a ele da dificuldade. 

E dos riscos da empreitada. 

Falou-me com toda serenidade.

“Ao seu dispor nesta jornada”.


Embarcamos na fragata. 

Que logo se fez ao mar.                                                                                                                                                                   Rápida como barco de regata.   

Partiu, para o monstro procurar.

 

A bordo estava também.  

Um canadense de muitos valores.   

Ned Land era um homem de bem.  

Conhecido como o rei dos arpoadores.

 

Em todos os mares tinha pescado.  

Arpoador de baleias sem igual. 

Muitas delas havia arpoado. 

Não acreditava na existência do narval.

 

O capitão Farragut comandava.  

Com verdadeira maestria.  

Dava as ordens e recomendava.                                                                                                                                           

Atenção fosse noite ou dia.

 

Os oceanos foram esquadrinhados.  

Na procura ao grande narval. 

Todos os mares foram navegados.          

Buscando o monstro descomunal.

Olhar atento, tudo era observado.  

Em uma obcecada procura. 

Farragut, homem determinado.   

A encontrar a temível criatura.


As buscas eram incessantes.  

De toda aquela tripulação.   

Enganos eram constantes. 

Aumentando a apreensão.

 

Navegando no oceano, imenso abismo. 

O ser marinho não era avistado.

O tempo passando, instaurou-se pessimismo.                                                                                                                            Deixando todo mundo desanimado.

 

Os defensores da expedição.   

Formaram um grupo descontente. 

Pediram para Farragut, o capitão. 

Que os levasse de volta ao continente.

 

O capitão Farragut deu sua sentença:  

“Peço três dias a mais para procurar”.  

Isso fez a todos olhar de forma intensa.  

Tentando achar o monstro no mar.

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Nota de rodapé: Roberto Dias Alvares é um escritor e colunista de Apucarana, Paraná, que atua na área comercial da indústria farmacêutica. Graduado em Educação Física e pós-graduado em Marketing e Recursos Humanos, Alvares contribui como colunista para o site Os Argonautas, além de escrever no Blog do Caminhoneiro. Autor das obras Aventuras de um Carreteiro e Outras Histórias e Aventuras de um Carreteiro pela América, ele se dedica a contar histórias inspiradas no cotidiano dos caminhoneiros. Alvares também nos presenteou com o trabalho de adaptar os clássicos 20.000 Léguas Submarinas e A Ilha Misteriosa, de Jules Verne, para uma linguagem em versos rimados, oferecendo uma releitura fantástica em rima e prosa.


Vinte Mil Léguas Submarinas em Versos - Autor: Júlio Verne / Adaptação em versos: Roberto Dias Alvares Parte I

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