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A Educação transcende os muros da Escola.


Imagem Equipe American Thorpe

Começo esse post dando um singelo e sinceros “Parabéns” ao Prof. Diego Fávaro, Prof. Fernando Pinheiro, Prof. Milton Gabriel, equipe de Professores, Pedagogas, Funcionários, Alunos e Alunas pelo belo espetáculo de alegria, solidariedade, criatividade que apresentaram ontem no centro da cidade.

Parabéns, pelo sucesso da gincana que estão realizando no Colégio Cerávolo, fiquei muito feliz em rever meus ex-alunos e alunas dos primeiros anos, que hoje estão concluindo mais uma etapa de suas vidas.

Foi gratificante parar o carro no sinaleiro e ver, sentir a motivação e a alegria de nossos alunos, foi uma aula perfeita de altruísmo, cidadania e respeito ao próximo. Essa gincana me fez refletir sobre a educação e o que é possível fazer diante das dificuldades.

A educação transcende os muros da Escola, é através da educação que podermos ensinar a obedecer ou a respeitar, ensinar a obedecer chamo de pedagogia do medo, onde não se corre riscos, onde se suprime a criatividade, a alegria e a solidariedade, onde a opressão e o olhar do vigia é mais importante que o desenvolvimento pedagógico.

Na transcendência dos muros da escola, a educação vai de encontro dos clássicos, porém gera muito trabalho, causa estresses e os conflitos são inevitáveis, tira todos nós professores da zona do conforto, dá muito trabalho para a direção, para equipe pedagógica, enfim, para todos. Mas, tudo isso ainda vale a pena, pois a educação é empírica, desenvolve talentos, trás um clima de alegria, apresenta uma troca de sentimentos, de sinergias, onde a solidariedade, o respeito, o prazer de ir a escola e aprender são resgatados.

Nossas escolas não são para nossos alunos, não são para os jovens do séc XXI, são para nós professores, para nossas pedagogas, para os nossos diretores que são chefes e não líderes. São para os saudosistas, para os que adoram mandar, para os que se alegram em dar notas, para os que apenas observam e são inertes as mudanças na educação, para aqueles que acreditam que a educação é um suplício no qual não veem a hora de se aposentar para se liberar de seus Karmas.

Nossas escolas são reflexos das nossas gestões, da competência dos diretores, dos compromissos de suas equipes e dos que ousam sonhar com uma educação melhor.

Não é fácil administrar uma escola, porém, é muito mais difícil quando se administra sozinho, quando não se aproveita os talentos, quando não se valoriza os que se propõem a ajudar, quando se tem medo de perder a boquinha de diretor, quando se sufocar os que amam fazer a diferença na escola, quando não se valoriza os Professores, Equipe Pedagógica, Funcionários e Alunos. Quando o “Eu” é mais importante que o “Nós”.

Acreditamos, que nestas circunstâncias temos mais problemas que soluções, temos mais violência do que paz e temos mais medos do que sonhos.

Ofereço esse poema aos moços e moças, que todos vejam a educação sob o olhar de Cora Coralina (1889-1985), que nos inspira a sonhar, inspira-nos a amar e nos inspira a educar.

Ofertas de Aninha (Aos moços)

Eu sou aquela mulher

a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida, Não desistir da luta. Recomeçar na derrota. Renunciar a palavras e pensamentos negativos. Acreditar nos valores humanos. Ser otimista.

Creio numa força imanente que vai ligando a família humana numa corrente luminosa de fraternidade universal. Creio na solidariedade humana. Creio na superação dos erros e angústias do presente.

Acredito nos moços. Exalto sua confiança, generosidade e idealismo. Creio nos milagres da ciência e na descoberta de uma profilaxia futura dos erros e violências do presente.

Aprendi que mais vale lutar do que recolher dinheiro fácil. Antes acreditar do que duvidar.


Cora Coralina (1889-1985)





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