Loucos sim, Insanos não!
Em 1994, estava no segundo ano do curso de Filosofia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), tempo difícil, pois para um aluno sem grana e com responsabilidades financeiras acimas de seu ganhos! Não era fácil! Não foi fácil, porém foi um tempo “maravilhoso”, tempo bom, didático e fundamental para meu desenvolvimento pessoal e profissional.
Lembro-me de estar fazendo a disciplina de “psicologia social”, no campus Santos Andrade, lembro perfeitamente do Professor Dr. Jamil Zugueib, um sujeito magnifico, com um bigode mexicano, ao estilo Emílio Zapata, com suas madeixas longas e com pouca estrutura capilar! Um homem com uma mente brilhante, lúcida e dotada de um conhecimento profundo sobre a saúde mental no Brasil.
O Professor Zugueib, levou-me a uma compreensão, que podemos ser “loucos”, mas “insanos” não! Levou-me também, a compreender que a insanidade deve ser tratada com respeito e dignidade, que a loucura é um estagio de um corpo doente e conflitante.
Nas aulas do Dr. Jamil, também compreendi de forma “an passant” que nosso conhecimento, está atrelado a nossa vontade, isso aconteceu quando estava com muita dificuldade ao elaborar um trabalho multidisciplinar com vários alunos de outros cursos.
Quando no auge de minhas lamurias ele disparou: “Não quero saber de seus problemas”…“o teu conhecimento vai a onde tua vontade deixar”.
Putz, navegadores, isso foi forte, muito didático é também foi uma lição que jamais esquecei. Então! Baixei a cabeça e nunca mais reclamei para nenhum Professor sobre as dificuldades de confecção de trabalhos acadêmicos.
Navegadores, como é magnifico ter aulas com uma mente brilhante, com um sujeito magnifico dotado de uma qualidade acadêmica impar, que faz a diferença para seus os alunos para o resto de suas vidas!
Obrigado, Professor Dr. Jamil Zugueib (Lattes) pelas excelentes lembranças acadêmicas na disciplina de Psicologia Social.
Para concluir o post, uso as palavras do mais maluco beleza de todos, Raul Santos Seixas que nos deixou um legado de autenticidade e originalidade humana, onde a loucura é sinônimo de criatividade, originalidade e simplicidade.
Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual. Eu do meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total na loucura real, controlando a minha maluquez misturada com minha lucidez, vou ficar, ficar com certeza, maluco beleza.
E esse caminho que eu mesmo escolhi, é tão fácil seguir por não ter onde ir. controlando a minha maluquez misturada com minha lucidez, vou ficar, ficar com certeza maluco beleza.