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100 bilhões das Teles! Cadê as panelas?


Ontem (26/12/2016) minha querida companheira, mostrou um vídeo com as lamurias do Bob Req, ou o eloquente Senador da República Roberto Requião, o vídeo intitulado “Crime de lesa pátria com as Teles” divulgado nas mídias sociais no dia 19/12/2016, trás uma assustadora informação, que tramitou na câmara dos deputados federais um projeto de lei sob o título de “Projeto de Lei da Câmara 79/2016” que agora tramita no senado federal como “Lei Geral de Telecomunicações”, no mais absoluto e criminoso sigilo.


O vídeo relata o criminoso projeto que tramita no Senado federal que modifica a Lei Geral das Telecomunicações e concede benefícios no valor de mais de R$ 100 bilhões às operadoras de telefonia.


Para nossa alegria, houve uma ação dos senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Paulo Rocha (PT-PA) junto ao STF no qual foi acatada pela ministra Carmen Lúcia que pede explicações ao Senado Federal pelo rápido andamento do PLC (Projeto de Lei da Câmara) 79/2016, que seguiria para aprovação sem nenhuma votação em plenário. A advogada-geral da União, ministra Grace Maria Fernandes Mendonça, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foram oficiados da decisão.


Conforme a ação e de acordo com a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) em sua mídia social “o texto deveria tramitar em pelos menos três comissões que envolvem a matéria e passar por votação no plenário”. Para a senadora, “o projeto de lei não foi levado ao plenário porque os defensores do texto tiveram receio do debate para favorecer interesse de alguma empresa”.


O que mais me assusta é a audácia dos gestores públicos, em fazerem tais atos sem seguir o tramite legal, na surdina ao apagar as luzes do ano 2016.


Isso demonstra que precisamos ficar de olhos bem abertos nos paladinos da justiça, da moral e dos bons costumes.

Porém, onde foram parar as panelas, contra um crime desta natureza em um momento de crise?


Uso as palavras do jornalista Paulo Nogueira: “Os panelaços eram não exatamente contra a corrupção. Eram contra o PT e Dilma. Por isso sumiram”.


O jornalista ainda diz mais sobre os paneleiros: “Qualquer coisa servia de pretexto para ir para a janela do apartamento com uma panela. Os tolos estavam sendo manipulados, mas pensavam estar fazendo história”, então cadê a mídia para incitar os paneleiros contra esse projeto de lei?


A resposta é simples: hoje a mídia não vende exemplares físicos como antigamente, mas vende notícias, vende verdades, criam heróis e vilões.


O mais angustiante de tudo isso, é que os paneleiros são um tipo de “gente que aceita corrupção nos outros, e até em si própria. Mas no PT qualquer boato, qualquer suspeita de corrupção é um horror de proporções ciclópicas” já dizia Paulo Nogueira no DCM.


Outra diferença vital entre as panelas está na mídia, segundo nogueira é que “a imprensa decide a repercussão que vai dar a qualquer manifestação. O jornalismo de guerra dá volume máximo para protestos contra o PT, e mínimo ou nenhum para os outros”. Acredito, que essa seja a mais verdadeira afirmação que um jornalista poderia apresentar aos seus leitores, para justificar o silêncio das panelas e da mídia diante de um crime de 100 bilhões no apagar das luzes de 2016.


Imagem da web: Gérard Rancinan e a queda do império moderno.


Professor Daniel Mota, possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná- UFPR. Especializado em Ética pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR, pós-graduando na UNESPAR Campus Apucarana, em Gestão de Empresas, e é funcionário da Secretária de Educação do Estado do Paraná.


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