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Coluna do Carrocel Transcendental - Semana 30/06/2018

Colocação na primeira fase não garante título.


Aqueles que ficaram nas posições de cima da primeira fase chegaram ao final de nossa Liga e campeonatos simultâneos com a mão vazia. La Planta -o primeiro colocado -, Pegasus – o segundo colocado – e Jaguara, o terceiro, terminaram o primeiro semestre sem erguer nenhuma taça. Enquanto isto a Capirotense, que veio do inferno da lanterna das primeiras quatro rodadas com zero pontos e se classificou em quarto levou o principal campeonato, a Liga João Saldanha, deixando para trás La Planta (semi) e Pegasus (final).


O Pé de Pano, que perdeu a vaga no G-4 para a Capirotense no último jogo e ficou em quinto levou a Copa Eduardo Galeano passando por Capirotense (quartas), La Planta (semi) e Pegasus (final).


Já o penúltimo colocado na primeira fase, DIMAS, passou pelo Colaborador (repescagem), Locomotiva (semi) e Jaguara (final), este último nos pênaltis, para se sagrar campeão da Taça Yuri Savichev. Prova da qualidade e equilíbrio de nosso campeonato, e de que todo time, com comprometimento e camaradagem, pode melhorar seu rendimento futebolístico. Vamos ao resumo da última rodada, com as decisões da Copa Eduardo Galeano e Taça Yuri Savichev.


“Troféus feito de material reciclado”.

COPA EDUARDO GALEANO


Decisão do terceiro lugar: La Planta 4 X 5 DOMECQ


Nenhuma queda de rendimento foi maior que a do La Planta. De líder isolado que se deu ao luxo de perder a última partida jogando com um a menos, melhor ataque e melhor defesa, não fosse a vitória contra o Jaguara desfalcado (com um a menos e sem vários jogadores), o time teria engatado maior série “invicta” do campeonato. Seriam seis jogos sem vitória no tempo normal (a vitória nas quartas da Eduardo Galeano contra o Estrela Vermelha se deu nos pênaltis). Quem imaginaria isto para o “habilidosissimo” La Planta, campeão da João Saldanha e da Copa Didico de futsal em 2017?!


O La Planta voltará a ser o time que empilha títulos num mesmo ano ou manterá o baixo desempenho das últimas rodadas?


O que podemos esperar do boêmio e instável DOMECQ para o segundo semestre?


Final: Pegasus 2 X 8 Pé de Pano


Vídeo do jogo completo em:

O desanimado Pegasus (abalado pela derrota nos pênaltis na final da João Saldanha) enfrentou ou inspirado Pé de Pano, que contou com o retorno de seu centro avante camisa 9, Mindinho, que havia se machucado no início da Liga. Um Pegasus desanimado e uma atuação de gala de todos os jogadores do Pé de Pano – com destaque para Messinho Rubnik e o atacante-goleiro sósia do Griezmann*) não deu em outra: grande jogo e vitória consistente do Pé de Pano, que assim busca demonstrar que vem para o segundo semestre com força para a disputa de outros títulos.



O Pegasus, talvez o time mais competitivo, organizado e com disciplina tática do campeonato, e com certeza o mais atlético e bombado, chegou as duas finais e não conseguiu levar nenhum título. Como diz a torcida: pipocou.


O coro da torcida já afirmava que aquele não era o Pegasus, mas sim o Pegasus da Gama: “este time não me engana, o Pegasus é o Vasco da Gama”. Exageros a parte (pois ainda haverá o segundo semestre, e a possibilidade de uma conquista pelo Pegasus é muito grande) o Pegasus talvez tenha sido o time que mais sai decepcionado deste campeonato. Jogaram tão bem, chegaram tão perto, mas...


O Pegasus conseguirá manter suas atuações consistentes no jogo final e levar um título?


Conseguirá superar a frustração do duplo vice e calar a torcida contrária que o apelidou de “Pegasus da Gama”?


O Pé de Pano, time que mais acumula famosos em nossa Liga (Messinho, Griezmann e aquele que é ao mesmo tempo Wesley Sadadão e Tirulipa) manterá o crescimento ascendente verificado durante esta mesma fase final?


* Aqui cabe uma nota sobre o goleiro “improvisado” do Pé de Pano. De bom jogador de linha, passou ao gol, e podemos dizer duas coisas. Lá está mesmo melhor que na linha (e não era mau jogador), e, nos poucos jogos que fez, se tornou um dos melhores goleiros da Liga. Com certeza o com os reflexos mais rápidos.


TAÇA YURI SAVICHEV


Decisão terceiro lugar: Capirotense 7 X 2 Locomotiva


O único jogo que não assisti durante este semestre. Apenas posso dizer que o Capirotense não se conteve com o título da João Saldanha e confirmou o favoritismo contra o Locomotiva. Mas o Locomotiva não tem do que reclamar. De time que era visto como aquele que seria o “saco de pancada” a equipe teve um grande crescimento de seu desempenho, chegando a realizar belos jogos, como a vitória por 7 a 3 contra o Estrela e o empate por 3 a 3 com o La Planta.


Capirotense continuará a ser o time abençoado que foi? Continuará a confirmar os prognósticos do autor nossa coluna?


Locomotiva chegou ao máximo da melhoria de seu futebol ou pode ir ainda mais longe?


Final: Jaguara 3 X 3 DIMAS – Pênaltis 3 X 4



Já tendo passado pela Capirotense nos pênaltis após empate por 3 a 3 no tempo normal, o Jaguara, após estar vencendo por 3 a 1, falhou nos momentos decisivos, mantendo sempre as táticas de ressuscitar adversários semi-mortos e de tomar gols no final da partida.


Um gol tomado faltando 8 minutos e outro faltando 3 minutos levaram a decisão para os pênaltis. Em um jogo que – novamente quando se trata de Jaguara X DIMAS, já tinha sido assim na primeira fase – os goleiros tinham sido decisivos para segurar o empate, diferentemente da primeira fase onde o empate é possível, agora só um poderia sair consagrado. E foi o goleiro do DIMAS. Com a defesa na quarta cobrança do Jaguara e o gol convertido por sua equipe, o guapo DIMENSE levou seu time a conquista da Taça Yuri Savichev. Quando ninguém menos esperava, o penúltimo colocado da primeira fase (mas vice campeão do ano passado), foi lá, demonstrou sua qualidade. Taça na mão e comemoração.


Como nota triste desde jogo ficam as ameaças que o goleiro Jaguara têm sofrido por parte da (torcida Perro Loco da equipe Jaguara) por ter jogado as semi-finais para o adversário e ter sido decisivo em sua classificação no jogo contra o Locomotiva.


A torcida afirma que isto foi uma traição ao espírito e ao manto Perro Loco e inclusive sugere que o arqueiro Jaguara facilitou nas cobranças de pênalti, ajudando seus novos camaradas do DIMAS, que agora sempre lhe pagam uma cerveja. A parede da casa do jogador Jaguara amanheceu nesta segunda-feira com uma pichação que o acusa de mercenário. O goleiro Jaguara nega as acusações e promete que tudo será esquecido com o comprometimento e as atuações no segundo semestre, e que a relação de grande respeito e amor entre ele e a torcida Perro Loco voltará a predominar.




'Parede da casa do goleiro Jaguara (e também colunista) amanhece pichada!"


Qual DIMAS veremos no semestre quem vem: o campeão da Taça Yuri Savichev e vice-campeão da João Saldanha em 2017, ou o penúltimo colocado da primeira fase deste ano?


O Jaguara, estreante da Liga, conseguirá manter a equipe leve, com um futebol rápido e irreverente, de qualidade, e fazer as alterações necessárias para alcançar os títulos dos quais chegou perto na João Saldanha e na Yuri Savichev?


Aqui nos despedimos de nossa coluna neste primeiro semestre. Aguardamos o retorno de nosso campeonato na sua fase Clausura. Esperamos poder contar com a mesma amizade, camaradagem e qualidade futebolística dentro desta grande confraternização dos povos que é a Liga João Saldanha, e seus campeonatos paralelos, a Copa Eduardo Galeano e a recém-batizada Taça Yuri Savichev.


(Pedimos desculpas a qualquer um que tenha se sentido ofendido por algo dito nesta coluna. Não foi nossa intenção… nossa intenção aqui sempre foi a mesma de todos os jogos da Liga, divertir, aproximar e criar relações de amizade e camaradagem em tempos tão sombrios. )


* "Esta é uma coluna do Carrossel Transcendental. Muitos dos ocorridos nela, mesmo que baseados em fatos reais, são fantasiados e/ou construídos com base metade no realismo fantástico e metade na base da psicodelia. Ela deve ser encarada desta forma, como um conto."

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Fonte:

Fotos - Guilherme BR

Vídeos - Guilherme BR

*Guilherme Basso dos Reis, goleiro da equipe Jaguara (também pode atuar como zagueiro “de destruição”), é hoje graduando em História pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e mestrando em Educação Profissional, Técnica e Tecnológica pelo programa PROFEPT no Instituto Federal do Paraná (IFPR). É graduado em Tecnólogo em Gestão Pública pela UNINTER e fugiu do curso de Ciências Sociais com metade dele realizado (bobagem que hoje não consegue entender porque cometeu). Trabalha no IFPR campus Campo Largo como auxiliar de biblioteca. Politicamente pode ser descrito como um nacionalista de esquerda.

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