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A Jornada Humana através dos Olhos de Nietzsche

Um dos filósofos mais interessantes ao longo desta jornada filosófica que me deparei, foi  Nietzsche,  suas obras são complexas, que e levou a fazer diversas vezes a releitura, para tentar compreender  a complexidade nietzschiana,


Friedrich Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, apresentou diversas perspectivas sobre a natureza humana em suas obras. É importante ressaltar que Nietzsche não desenvolveu uma única visão coesa sobre o homem, mas suas ideias evoluíram ao longo de suas diferentes obras.


Em um mundo onde a existência se desenrola como um espetáculo caótico, encontro-me imerso na filosofia de Nietzsche, um guia intrépido através dos labirintos da condição humana. À medida que contemplo a paisagem da existência, vejo-me como um personagem em sua narrativa, um homem em busca de significado em meio ao caos e à incerteza.


É como se Nietzsche, com sua perspicácia filosófica, tenha lançado luz sobre os recantos mais obscuros da minha própria jornada. Em sua visão, o homem não é um ser fixo, mas sim uma obra em constante evolução, um artista moldando sua própria existência. Essa ideia ressoa profundamente em mim, pois vejo a vida como uma tela em branco, esperando pelas pinceladas ousadas do meu próprio ser.


Ao abraçar a filosofia nietzschiana, compreendo que a vontade de poder é a força motriz que impulsiona minha jornada. É o ímpeto que me leva a transcender obstáculos, a criar significado e a buscar constantemente a superação. Como um aventureiro ousado, sinto-me desafiado a explorar os limites da minha própria existência, a enfrentar as adversidades com a convicção de que a vida é uma expressão da minha vontade de poder.


No entanto, essa jornada nietzschiana não é isenta de conflitos internos. Enquanto busco a superação, encontro-me em um constante embate com os valores impostos pela sociedade. A moralidade convencional, segundo Nietzsche, é uma camisa de força que reprime a verdadeira natureza humana. Essa luta interna, entre o que é considerado "bom" e a expressão autêntica do meu ser, molda minha jornada de maneiras complexas.


Ao olhar para o além, para o "além do homem" que Nietzsche proclama, vejo um chamado para transcender as limitações autoimpostas. É uma chamada para ser um criador de valores, um arquiteto da própria moralidade, em vez de aceitar passivamente os conceitos predefinidos. Nessa busca, encontro-me em um constante processo de autotransformação, esculpindo minha essência em formas que desafiam as convenções estabelecidas.


Assim, sigo minha jornada nietzschiana, com a vontade de poder como minha bússola e a liberdade como minha meta. Cada passo é uma afirmação da minha individualidade, uma celebração da minha capacidade de criar, destruir e, finalmente, transcender. Em meio ao caos e à incerteza, encontro propósito na busca incessante pela minha verdadeira natureza, guiado pelas palavras inspiradoras de Nietzsche, que ecoam como um chamado para uma existência autêntica e autodeterminada, e acredito que sou em partes, um  homem nietzschiano, um ser marcado pela busca constante de poder, liberdade para criar seus próprios valores, capacidade de transcender limitações morais convencionais e a oportunidade de viver uma vida plena, aceitando todas as experiências como partes essenciais de sua existência.

 

NIETZSCHE, Friedrich W. A filosofia na idade trágica dos gregos. Tradução: Maria Inês Madeira de Andrade. Lisboa: Edições 70, 1995. (Versão em PDF).

 ______. A Gaia Ciência. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

______. Além do bem e do mal: Prelúdio a uma filosofia do futuro. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

 ______. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

______. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução: Mário da Silva. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

______. Crepúsculo dos Ídolos. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

 ______. Ecce Homo. Tradução: Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2000. . Ecce Homo. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.


Prof. Daniel Mota

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Prof. Daniel Mota, possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (1996). Especialização em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) Campus Curitiba. Pós-graduando na UNESPAR - Universidade Estadual do Paraná, Campus de Apucarana FECEA-PR. Professor com 30 anos de experiência na área da educação, em sala de aula com desenvolvimento de projetos educacionais nas áreas de Filosofia, História e Sociologia bem como consultoria educacional e financeira. Trabalhou por 25 anos no mercado financeiro, é funcionário da rede pública de ensino do Estado do Paraná, proprietário, editor do site Os Argonautas Mídia Alternativa, fundador e proprietário do projeto pela democratização da leitura, Sebo Apucarana.


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