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As Doces Ilusões do Liberalismo

Bem, as pessoas de meu convívio sabem que sobre minha visão cooperativista, bem sabem, que sempre vou me posicionar pelos mais frágeis nesta jornada.

E observando os noticiários sobre a posse de Milei, o novo presidente da Argentina, fico pensando sobre a ideologia econômica que ele defende com unhas e dentes, neste sentindo, vou fazer uma breve explanação sobre o Liberalismo Econômico e suas doces ilusões, bem como, as críticas mais comuns que encontramos nos livros que se opõe a essa ideologia.     

Na realidade, "Neoliberalismo" é um termo frequentemente usado para descrever uma abordagem política e econômica que enfatiza a redução da intervenção do Estado na economia e a promoção da livre iniciativa e do mercado livre.

 No entanto, as opiniões sobre o neoliberalismo variam amplamente, e há aqueles que criticam essa abordagem por várias razões. Apresentamos neste post, algumas críticas bem comuns associadas ao neoliberalismo.

Críticos argumentam que o neoliberalismo tende a agravar a desigualdade econômica, pois as políticas de mercado livre podem favorecer os mais ricos, resultando em uma distribuição desigual de recursos.

          E não temos como não expressar a ideia de que o neoliberalismo muitas vezes advoga pela redução da regulação governamental. No entanto, a falta de regulamentação adequada pode levar a práticas comerciais injustas, exploração de trabalhadores e danos ambientais, e por isso, os liberais tendem ao enfraquecimento do Estado de Bem-Estar Social, dando ênfase no mercado livre pode levar à redução dos programas de bem-estar social, prejudicando os mais vulneráveis na sociedade.

  Acreditamos que o Estado deve desempenhar um papel ativo na proteção social e no fornecimento de serviços essenciais, porém, os neoliberais, sempre objetivaram a busca implacável pelo lucro, bem como, lutam para que o Estado, não regulamente a economia e sociedade em geral. Neste sentido, podemos perceber que e a falta de regulamentação adequada podem contribuir para crises financeiras. Exemplos recentes, como a crise financeira de 2008, são frequentemente citados como resultados do neoliberalismo desenfreado.

      Falando em lucro, os neoliberais sempre vão priorizar o lucro sobre o bem-estar social: a acreditamos que o neoliberalismo coloca a maximização do lucro acima do bem-estar social, resultando em decisões empresariais que podem ter impactos negativos na sociedade, como demissões em massa e cortes de benefícios.

Outra crítica bem comum aos neoliberais, é que são sabotadores da democracia, e do Estado Democrático de Direito, o neoliberalismo pode enfraquecer a democracia, uma vez que grandes empresas e elites econômicas podem exercer uma influência desproporcional sobre os processos políticos, sistemas democráticos e desestabilizar,  a ordem jurídica, pois, na era do capital rentista, tudo tem seu preço e muitas pessoas, partidos políticos estão a venda.

É importante observar que as opiniões sobre o neoliberalismo podem variar, e há defensores que argumentam que suas políticas promovem o crescimento econômico e a eficiência. No entanto, as críticas mencionadas destacam as preocupações de alguns setores da sociedade em relação aos impactos sociais e econômicos do neoliberalismo e suas doces ilusões para aqueles que ficam as margens do capital.

Como intelectual, não vejo ingenuidade, solidariedade e honestidade nos discursos neoliberais, pois, para eles There is no such thing as a free lunch”.


LIBERAIS CLÁSSICO


John Locke (1632-1704): Foi um filósofo inglês cujas ideias sobre propriedade, liberdade individual e governo limitado tiveram um impacto significativo no desenvolvimento do liberalismo clássico.


Adam Smith (1723-1790): Economista escocês, considerado o pai da economia moderna. Seu livro "A Riqueza das Nações" é um dos pilares do liberalismo econômico, destacando a importância do livre mercado.


John Stuart Mill (1806-1873): Filósofo e economista inglês que expandiu as ideias liberais, defendendo a liberdade individual, a igualdade de gênero e a intervenção governamental para corrigir desigualdades.


NEOLIBERAIS


Friedrich Hayek (1899-1992): Economista austríaco e ganhador do Prêmio Nobel, Hayek foi um dos principais defensores do neoliberalismo. Seu livro "O Caminho da Servidão" é uma obra-chave que critica o planejamento central e destaca a importância da liberdade individual.


Milton Friedman (1912-2006): Economista americano, também ganhador do Prêmio Nobel, conhecido por suas contribuições à teoria monetária e por advogar políticas econômicas liberais, incluindo a ênfase na livre iniciativa.


Ludwig von Mises (1881-1973): Economista austríaco e defensor do liberalismo clássico, influenciou o pensamento neoliberal com suas ideias sobre a importância do mercado e da livre concorrência.


Ronald Reagan (1911-2004) e Margaret Thatcher (1925-2013): Embora não sejam escritores, os líderes políticos Reagan, nos Estados Unidos, e Thatcher, no Reino Unido, implementaram políticas econômicas associadas ao neoliberalismo durante a década de 1980.

 

Prof. Daniel Mota

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Prof. Daniel Mota, possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (1996). Especialização em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) Campus Curitiba. Pós-graduando na UNESPAR - Universidade Estadual do Paraná, Campus de Apucarana FECEA-PR. Professor com 30 anos de experiência na área da educação, em sala de aula com desenvolvimento de projetos educacionais nas áreas de Filosofia, História e Sociologia bem como consultoria educacional e financeira. Trabalhou por 25 anos no mercado financeiro, é funcionário da rede pública de ensino do Estado do Paraná, proprietário, editor do site Os Argonautas Mídia Alternativa, fundador e proprietário do projeto pela democratização da leitura, Sebo Apucarana.  

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