O Racismo e Suas Facetas
De inicio, precisamos fazer uma breve explicação sobre o racismo, que é uma triste realidade que persiste em muitas sociedades, transcende gerações e fere a alma daqueles que são alvos dessa injustiça. Manifesta-se de diversas formas, algumas sutis e outras explícitas, penetrando nos tecidos sociais de maneira insidiosa. Entender suas nuances é fundamental para combater essa praga que ainda assola nossa convivência.
Este tipo de crime, muitas vezes, se manifesta de maneira sub-reptícia, camuflado em palavras, olhares, gestos e decisões que, à primeira vista, podem passar despercebidos. É uma sutil forma de discriminação que opera nos interstícios da sociedade, infiltrando-se em suas estruturas. Pode se manifestar em formas institucionais, como o acesso desigual a oportunidades educacionais e profissionais, bem como em interações interpessoais, onde estereótipos e preconceitos são perpetuados.
As sutilezas do racismo muitas vezes são mascaradas pela normalidade social, tornando-as difíceis de serem detectadas por aqueles que não as experimentam.
Pode se esconder em piadas "inocentes", comentários aparentemente inofensivos e em atitudes que, isoladamente, parecem insignificantes, mas que, somadas, criam um ambiente hostil para as vítimas. A sutileza do racismo está na sua capacidade de se esconder sob a superfície, perpetuando-se de maneira quase imperceptível.
As circunstâncias de Manifestação do racismo pode emergir em diferentes contextos, desde o mercado de trabalho até o ambiente escolar, passando pelas interações cotidianas. No mercado de trabalho, por exemplo, pode se manifestar em práticas discriminatórias na seleção de candidatos ou em oportunidades de ascensão profissional. Na educação, reflete-se na disparidade de recursos e na falta de representatividade em currículos e materiais didáticos. Nas interações cotidianas, as vítimas de racismo podem enfrentar olhares de desconfiança, recusas sutis e até mesmo agressões verbais ou físicas.
E o sentimento da vítima do racismo, é um sentimento pesando que carrega consigo um fardo emocional que consome a nossa alma. A constante exposição a situações discriminatórias pode gerar sentimentos de desvalorização, raiva, impotência e, por vezes, até mesmo autodesprezo. A sensação de ser julgado não pelo caráter, mas pela cor da pele, mina a autoestima e a confiança. A busca por pertencimento e reconhecimento torna-se uma jornada árdua, marcada por obstáculos criados por preconceitos arraigados.
Em última análise, combater o racismo exige uma compreensão profunda de suas manifestações, a disposição de desafiar estereótipos arraigados e a promoção da igualdade em todas as esferas da sociedade. Somente quando nos esforçamos para entender e erradicar as raízes do racismo, podemos aspirar a construir um mundo verdadeiramente inclusivo e justo.
Prof. Daniel Mota
*Esse texto que faz parte de uma coletânea sobre o racismo e as experiências racistas que nos deparamos ao longo de nossa existência.
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Prof. Daniel Mota, possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (1996). Especialização em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) Campus Curitiba. Pós-graduando na UNESPAR - Universidade Estadual do Paraná, Campus de Apucarana FECEA-PR. Professor com 30 anos de experiência na área da educação, em sala de aula com desenvolvimento de projetos educacionais nas áreas de Filosofia, História e Sociologia bem como consultoria educacional e financeira. Trabalhou por 25 anos no mercado financeiro, é funcionário da rede pública de ensino do Estado do Paraná, proprietário, editor do site Os Argonautas Mídia Alternativa, fundador e proprietário do projeto pela democratização da leitura, Sebo Apucarana.
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